Canabidiol no cuidado com a Doença de Alzheimer: o que a ciência tem revelado?
- Juliana Turatti

- 30 de jun.
- 3 min de leitura

A Doença de Alzheimer é uma das condições neurodegenerativas mais desafiadoras da atualidade. Afeta a memória, o comportamento e a autonomia de milhões de pessoas em todo o mundo. Os medicamentos tradicionais, como donepezila e memantina, ajudam a aliviar alguns sintomas, mas não impedem o avanço da doença. É nesse contexto que cresce o interesse por terapias complementares, como o uso do Canabidiol (CBD), um composto derivado da cannabis medicinal.
O que é o canabidiol e como ele pode ajudar?

O CBD é um dos principais compostos da planta Cannabis sativa, mas diferente do THC, ele não causa efeitos psicoativos. Estudos recentes sugerem que o CBD tem
propriedades:
Neuroprotetoras, ajudando a proteger os neurônios do envelhecimento e de processos degenerativos;
Anti-inflamatórias, que podem reduzir danos cerebrais causados por inflamações;
Ansiolíticas e reguladoras do sono, contribuindo para o bem-estar geral dos pacientes.
O que dizem as pesquisas?

Vários estudos clínicos e experimentais mostram resultados positivos:
Melhora de sintomas como agitação, insônia e agressividade;
Redução da progressão da doença em modelos animais;
Poucos efeitos colaterais, mesmo em pacientes idosos.
Um estudo publicado em 2024 acompanhou idosos com Alzheimer usando óleo de CBD por três meses. Os resultados mostraram mais tranquilidade, menos agitação e melhoria na relação com os cuidadores.
É seguro? E qual o papel dos profissionais da saúde?
Sim, o CBD tem se mostrado seguro, mas o uso deve ser sempre acompanhado por profissionais da saúde. O farmacêutico, por exemplo, pode:
Verificar interações com outros medicamentos;
Ajudar na escolha da melhor dose e forma de uso;
Orientar os cuidadores sobre como administrar corretamente;
Monitorar possíveis efeitos adversos.
Uma abordagem integrativa

O uso do CBD não substitui os tratamentos convencionais, mas pode ser um aliado importante na busca por qualidade de vida. Quando acompanhado de perto por uma equipe de saúde, o tratamento com cannabis medicinal pode representar um novo caminho no cuidado com quem vive com Alzheimer.
A ciência segue explorando o potencial do canabidiol na Doença de Alzheimer. Os resultados iniciais são promissores e apontam para uma abordagem mais humana, segura e integrada. Para pacientes, familiares e cuidadores, essa pode ser uma nova possibilidade de cuidado com mais conforto, dignidade e esperança.
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Sobre Juliana Turatti

Este artigo faz parte de uma coparticipação com a farmacêutica Juliana Turatti, que compartilha sua jornada unindo ciência e cuidado através da cannabis medicinal.
Juliana é farmacêutica formada pela FHO, com especializações em Neuropsicologia, Farmácia Clínica e Cannabis Medicinal, além de ter formação em Administração de Empresas. Sua atuação transita entre pesquisa, prática clínica e gestão pública, sempre com foco em cuidado humanizado.
Sua trajetória com a cannabis medicinal se intensificou ao cuidar de sua mãe, diagnosticada com Demência de Pick, onde descobriu no CBD um aliado de esperança e dignidade no cuidado. Hoje, Juliana coordena o setor medicinal da Alternativa Hemp, atuando em gestão pública e acompanhando pacientes no uso seguro da cannabis medicinal, promovendo mais qualidade de vida de forma acolhedora e responsável.
Juliana acredita que o papel do farmacêutico vai além de entregar medicamentos – é ser um agente de transformação. E a cannabis medicinal, quando usada com acompanhamento técnico, pode oferecer mais do que tratamento: pode oferecer cuidado e dignidade.
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